As emoções de um jogo de futebol
Domingo, 19.15, 50 mil no Estádio do Dragão.
O sol ilumina o relvado, um minuto de silêncio (que foi de palmas) em homenagem a João Manuel. Começa o jogo que nos vai levar ao tri.
Olhos colados no relvado e ouvidos a captar as ondas hertzianas que saem do Bessa.
O público canta e apoia a equipa. A esperança está na cara dos que enchem o estádio. O Porto começa desinspirado sem ocasiões de golo. As coisas não estão facéis até que é golo... do Boavista. A bancada exulta de alegria, portistas abraçam-se, festejam efusivamente como se de um golo do FCP se tratasse, talvez imaginando como seria no final da partida. Mas... afinal não houve golo. Alguém gozou com a nossa cara. Fazemos figura ridícula perante os que assistem pela TV(ermelha)I. Os mouros riem-se de nós.
Pouco depois alguém diz "Penalty para o benfica". "Mais um" pensamos nós. 50 mil ficam na expectativa. O estádio está em silêncio. O jogo decorre "à porta fechada". Por momentos estamos sentados no Dragão mas nem conseguimos prestar atenção ao que se passa no relvado. "Estamos" todos no Bessa. Golo do simulão. Uns assobiam, outros ficam descrentes, perdem a esperança, mas... ainda há quem acredite.
"Filho da puta, palhaço, mouro". Tudo isto é dito na direcção de um mouro que teve a coragem de festejar o golo do slb no nosso território. A polícia salva-o da "morte" anunciada. Retira-se o intruso e é golo... do Boavista. Não festejo. Figura rídicula duas vezes em menos de uma hora? Não obrigado. Mas... afinal foi mesmo. A esperança renasce. Chega o intervalo.
Hugo Almeida está em aquecimento para entrar em jogo. Ele é a nossa grande esperança... no Bessa.
Começa a 2ª parte. O Porto entra com mais garra. Mas não marca. O tempo vai passando, a esperança diminuindo até que... GOOOLOOOO. Ibson faz disparar os indíces de confiança nas bancadas. Agora já só falta o golinho do Hugo Almeida.
Aproximam-se os 90 minutos, sem novidades do Bessa. Ao contrário no Dragão... golo da Académica. O sonho do tri termina ali. Os portistas sentem a facada e caem atordoados ao chão. Mãos na cabeça, insultos de revolta ou simplesmente levantam-se e vão-se embora. Vê-se um pouco de tudo.
Acaba o jogo. O público que resta reage. Uns assobiam. Outros, como eu, aplaudem. Porque afinal de contas tudo isto não passa de um jogo. Um jogo capaz de mexer com as pessoas, como poucas coisas o conseguem, e de levar as emoções ao extremo. Perder ninguém gosta. Um portista muito menos, porque nao está habituado a isso. Perder para os lampiões e na nossa cidade, torna tudo isto num cenário de filme de terror. Custou, mas aconteceu.
O jogo que nos ia dar o TRI, afinal deu... TRIsteza.
FORÇA PORTO
para sempre dragão
2 Comments:
a 2197 km de distancia os teus comentarios deixam me uma saudade incrivel de sentir o dragao a vibrar com o porto, seja nas vitorias seja nos empates, pk derrota ainda nao assisti nenhuma la ;).
pra ser sincero domingo nao estava muito confiante, pk nao estou habituado a ver o porto depender de terceiros pra ganhar algo... nao vi o jogo na tv, mas ouvi no radio e akela festa toda nao me entrava bem no ouvido, tudo pk sempre achei k podiamos ter feito muito, muito mais.
O cumulo foi ouvir akele senhor Viera reclamar a seriedade toda pra si e pros seus, como se estivesse no caminho pra canonizacao da aguia, mas kem ouve as estorias da "fruta" e do dono da noite do Porto, também já ouviu a estoria do empregado de uma loja de pneus e dos jantares k oferecia a presidentes da camara e as limusines k alugou, no tempo em k era presidente de outro clube.
Parabens pela crónica.
Estive no Dragão nesse jogo, aliás como estive em todos os jogos da época e foi exactamente isso que relataste que se passou e que eu tb senti. É pena pq seria uma festa das melhores de sempre.
Para o ano há mais.
Um abraço.
vbnm
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